Notícias
Relatório revela irregularidades em adoções internacionais e propõe fim da prática na Suécia
Um relatório encomendado pelo governo da Suécia revelou graves irregularidades em adoções internacionais, especialmente envolvendo países como Chile e Colômbia, e recomendou a proibição total dessa prática. Entre os casos identificados, há crianças declaradas mortas por engano, adoções sem o consentimento dos pais ou com documentos falsificados.
A investigação apontou falhas sistêmicas nos registros de origem das crianças, incluindo dados falsos sobre nascimento, pais e motivos da adoção. A comissão confirmou ao menos uma dúzia de casos de tráfico de crianças entre as décadas de 1970 e 2000, principalmente no Sri Lanka, Colômbia, Polônia e China.
A Suécia já adotou cerca de 60 mil crianças de outros países, sendo os principais a Coreia do Sul, Índia, Colômbia, China e Sri Lanka. O relatório também destaca que o Estado sueco tinha conhecimento de irregularidades e propõe que o governo peça desculpas públicas aos adotados.
As adoções internacionais no país caíram drasticamente desde os anos 1980 – de mais de 900 em 1985 para apenas 14 em 2025, de acordo com dados do Adoptionscentrum, a maior organização de mediação do país. O sistema, até então centrado em organizações privadas, priorizava o volume de adoções em vez da legalidade e do bem-estar das crianças.
Atendimento à imprensa: ascom@ibdfam.org.br